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O problema do “Eu”; o “Eu" não pode servir a Deus



O homem na sua constituição natural é egocêntrico, tem o seu eu no centro das atenções e confia nele mesmo para todas as situações, faz todas as coisas para satisfazer o seu eu, este é o homem de carne, ele vive para si mesmo, pois que está ele para ele mesmo e não tem compromisso com uma entidade superior a ele. Mas, a partir do momento em que o homem aceita a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e é dentro de si despertado o seu espírito pelo Espírito Santo no processo ou acto de regeneração, o nascer de novo, onde o Santo Espírito passa a habitar no espírito do homem, dando lhe vida espiritual, ai, o homem já não está para si mesmo, mas para aquele que o Salvou por Jesus Cristo nosso Senhor e o deu a Sua vida.

Ora, não importa se obramos o bem, ou se fazemos o correcto ou o justo, mas se fazemos pela carne, para Deus é vão, pois que o que fazemos na carne tem como fim primeiro o meu eu e tem também como fim ultimo o meu eu, o meu eu está no centro das atenções, com tais obras viso glorificar o meu eu, pois que tais coisas as faço, podendo ter aparência espiritual, mas se as faço por mim mesmo e de mim mesmo e com todo esforço meu, sem assistência do Espírito Santo, mas confio em mim mesmo para realizar, em verdade tais coisas são vãs para Deus, porque tais coisas não saíram de Deus, mas saíram de mim (carne), e tudo o que vem de mim (carne) não pode agradar a Deus, visto que Jesus Cristo nosso Senhor todas as coisas que Ele fez não as fez dEle mesmo, mas o Pai que está nEle “Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é que faz as obras.” (João. 14: 10).

Neste trecho de João 14: 10, notamos a exclusão do eu em Jesus Cristo como faz as obras, mas glorifica o Pai, as obras que Jesus fez não partiram dEle só, mas vem do Pai, vem de Deus, e Deus estava e está nEle pelo Seu Espírito, assim também, uma vez que recebemos o Espírito de Deus, Deus está em nós, e tudo que fazemos para agradá-lo não deve partir de nós mesmos como nós mesmos, mas deve ter sua origem no Pai, pelo Espírito Santo em nós, e deve ser feito como que pelo Pai em nós e o Deus em nós é o Espírito Santo que habita nos nossos espíritos, fazendo de nós homens espirituais, portanto, a carne não pode agradar a Deus, se fazemos as obras de Deus de nós mesmos, as fazemos para a morte, pois que as obras da carne são mortas, e Deus não se compraz na carne.

Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.” (Romanos. 8:6)

Porque a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita a lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” (Romanos. 8: 7)

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos. 8: 8)

Muitas vezes estes versículos a cima são pregados referindo se a aqueles que não conhecem a Cristo Jesus e que não O aceitaram, mas na verdade esta palavra vem também para os que receberam a Cristo Jesus, tendo recebido a vida de Deus neles e que em verdade não andam segundo o Espírito que neles está, tem Deus em si, mas não procedem como Ele manda, pois que a carne reina ainda sobre eles em escala, há aqui a necessidade de mortificar a as obras da carne como está escrito no versículo 13, pois que se o Espírito santo está em nós, devemos mortificar as obras da carne para que vivamos conforme Ele manda.

Voltemos ao eu, se cuidarmos de fazer a nossa justiça, por mais boa que seja, não é a justiça de Deus, a justiça ou boa obra realizada na confiança na carne, confiamos em nós mesmos para realizá-la, vem de nós, não de Deus é a carne servindo, e a carne não pode servir a Deus pois que é corrupta e para Deus a carne deve morrer.

Como o apostolo Paulo que descreve em Filipenses, que para servir a Deus em espírito é necessário não confiar na carne, assim que se quisermos servir a Deus em Espírito e em verdade, a nossa confiança na carne deve ser zero, devemos chegar a esse ponto de não confiarmos na carne para nada, isto é de não confiarmos que temos capacidade, de nós mesmos de servir a Deus como homens sem assistência de Deus, não confiarmos em nós para fazer o que não é nosso, não confiarmos em nós para agradar a Deus, porque nós não podemos agradar a Deus se Ele não for connosco, e Ele já é connosco pelo que recebemos a Ele em nós, o Seu Espírito está em nós, pois que somos vivificados pelo Santo Espírito, então podemos agradá-lo se não confiarmos em nós mesmos.

Porque os da circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” (Filipenses. 3: 3)

Apostolo Paulo, não cuidou de confiar de confiar na carne mesmo sendo o que era como descreve nos versículos 4, 5, 6, mas preferiu deixar tudo o que o podia fazer cuidar de confiar na carne, isto é dizer que é, ou colocar se como sendo, mas humilhou se para ganhar a Cristo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.” (Versículo. 7). Esta deve ser a atitude de todo aquele que deseja servir a Deus em espírito, tudo o que pode vir a ser ganho para o seu ego, deve refutar perda por Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador, tudo o que vai constituir ganho em termos de status pessoal, que vai alimentar o ego, devemos refutar perda por Cristo Jesus nosso Senhor, fazendo assim para tirar o ego no servir a Deus.

E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber a justiça que vem de Deus pela fé.” (Filipenses. 3: 9) pois está claro, a nossa justiça, nossas bem feitorias e tudo bom ou mau que possamos fazer se não vem de Deus é nada, pois que é para a vaidade da carne. Então, tudo o que fazemos, devemos fazer vindo de Deus e segundo Deus; “Se alguém falar, fale segundo a palavra de Deus; se alguém administre, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a gloria e o poder para todo sempre.” (1Pedro. 4: 11). Tendo como fim primeiro, intermédio e ultimo a glória de Deus. Amem.

Deus abençoe.
Examinai nas Escrituras.

Joel Chicoge

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