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O crente anímico e o crente espiritual. Parte 1



Graça e paz da parte de Deus sejam com todos

O amor de Deus para connosco é deveras imensurável devido a sua grandeza, pelo que Deus deu Seu próprio filho como salário de nossos pecados. Porque o salário do pecado é a morte, Jesus Cristo na Sua carne pagou o salário de nossos pecados. A morte. E nos deu vida pelo dom gratuito de Deus. Na Sua morte morremos e na Sua vida vivemos. Pelo que sendo crente anímico vivemos em uma miscelânea de sentimentos e sensações. Confundimos muitas vezes a vontade de Deus com nossas vontades, as nossas emoções com a revelação divina pelo Espírito de Deus. O crente anímico é aquele que vive em função da alma, e não do espírito. Então, não pode discernir aquilo que é espiritual. Mas, Deus é Espírito e os Seus mistérios só podemos conhecer sendo também espirituais. Somos espirituais quando vivemos em função do espírito. O Espírito de Deus.

Muitos são crentes anímicos e não o sabem, mas, deviam saber, pois andam em grandes e intermináveis tribulações e preocupações. O crente espiritual, não procede da mesma maneira, este descansa no Senhor em todas as suas preocupações e aflições. Pois que lhe é dado o confiar em Deus. Confiar significa confiar. Entregar sem reservas a confiança. Em nada duvidando, em tudo crendo. Deixar a critério de outrem a nossa vida. Significa desistir de ter tudo sobre controle, entregar o controle a outro e obedecer toda e qualquer decisão que este tomar em relação a nossa vida. Isto é confiar em Deus. E quem tem essa capacidade é quem tem a vida do “eu” morta na cruz com Jesus Cristo e tem a vida de Deus activa em si pela ressurreição de Jesus Cristo nosso Senhor. Só quem entregou a vida do “eu” a morte é que pode viver e andar no espírito.

Então, o crente anímico tem o centro de tudo no seu “eu”. Isto é carnalidade. Quando somos crentes e temos o centro em nós mesmos, passamos a maior parte do tempo nos avaliando, analisando, recriminando e auto flagelando-nos. Este conjunto de acções tem como finalidade a satisfação do “eu”. Como? Pois que estas acções todas são para sabermos ou imaginarmos como é que os outros nos vêem, como nos analisam, como nos classificam, e que nível de respeito tem por nós. E se não houverem queixas, ou mesmo se houver, estamos centrados em nós mesmos de tal sorte que achamo-nos certos em tudo. Dificilmente aceitamos a correcção ou sujeitamo-nos. Isso leva ao fanatismo.

O crente assim anda como as normas sociais mandam, é bom filho, é bom servo, é aprovado em tudo. Por isso se acha irrepreensível segundo os seus olhos. Para ele os outros estão errados, só ele está certo. Se possível toma até atitudes irracionais, apegando-se a algo que em verdade não tem fundamento para atitude tão drástica. Muitos perdem ou deixam de viver a porção que Deus lhes tem proposto por causa dessa atitude. Tal que age assim é aquele que se inibe de viver pelo motivo errado. Estão cheios por ai, e um dia eu também fui assim. Perder coisas pelo motivo errado. Quão dolorosa a dor do arrependimento! Quando agente descobre que o que agente deixou para trás alegando a vontade de Deus (por ser anímico e não compreender a vontade de Deus, porque Deus não se revela na alma, mas no espírito), fazendo da nossa loucura vontade de Deus.

O arrependimento dói. Se for verdadeiro, dói. O facto de pensarmos que somos irrepreensíveis, e exemplo para os outros (andando na alma) faz com que agente cometa erros astronómicos, escondendo-nos na vontade de Deus. Deus não nos faz perdedores, antes nos faz vencedores por Jesus Cristo nosso Salvador e Senhor. Não vamos nos inibir de viver a porção que Deus nos dá por causa de loucura. Para isso é necessário eliminar as ideias pré-concebidas (o preconceito), o perfeccionismo do “eu” e admitir em verdade que nada sabemos. Porque aqueles que nada sabem, são sábios diante de Deus, porque tem espaço para Deus os ensinar. Mas os que se consideram sábios, são tolos, porque a sua sabedoria é vã. Porque este que se considera sábio é de difícil instrução, pois tem um coração duro. Porque ocupou o lugar que Deus devia ocupar com sabedoria mundana. Para eliminar as loucuras do “eu” é necessário morrer para nascer de novo.

Decerto que se Deus permitir continuaremos este assunto.

Deus abençoe.

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