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Uma experiência (Morte para a vida)



Paz seja com todos.

Muitos ouvimos o evangelho, mas poucos aplica-mo-lo como deve ser para chegarmos ao conhecimento de Deus. Importa que desenvolvamos virtudes. Sejamos virtude nós mesmos para que não possamos dar se quer um passo em falso. Ser virtuoso, não segundo a carne, não segundo aquilo que em nossa limitada mente podemos imaginar ou pensar. As virtudes do Espírito Santo devem ser manifestas em nós. Temos que permitir que o Espírito Santo opere em nós. O entrave para que o Espírito Santo não opere é a vida do “eu”. Para que haja operação do Santo Espírito em nós, nos é necessário morrer (nascer de novo). Jesus Cristo nosso Senhor, aquele que é as primícias da ressurreição, morreu primeiro para viver. Morreu também por nós para que possamos viver, melhor, para que Ele viva em nós pelo Espírito Santo. Este Espírito Santo que é o Espírito de Deus. O mesmo que está com Deus e é Deus, que está com o Filho que é Deus, e o mesmo que habita em nós. Então, se temos o Espírito Santo em nós, temos também em nós o Pai e o Filho. “Jesus respondeu-lhes, e disse-lhes: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (João. 14: 26). Observemos aqui o plural “viremos para ele e faremos nele morada.” Deus manifesta-se na Sua trindade em nós também. Ele vive em nós na Sua trindade.

Pois que Jesus Cristo levou consigo a Sua cruz e nela foi crucificado. “E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chamada Golgotá.” (João. 19: 17). Em Sua morte na cruz, Jesus Cristo pagou por nossos pecados, pelo Seu sangue. Pois que o salário do pecado é a morte. Morte, Ele morreu pelos nossos pecados, não temos mais que morrer como salário de nossos pecados, pois que Jesus Cristo nosso Senhor já o fez por nós. Ele morreu pagando o salário pelos pecados de todos. A nós importa assumir a morte do “eu”, que é carnal para que reine o Santo Espírito em nós. Como morremos? Morremos com Jesus Cristo na cruz e com Ele vivemos na Sua ressurreição. “Porque já estais mortos, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Colossenses. 3: 3). Quem morreu? A vida o “eu” morreu, a carne morreu e se a carne morreu, então, desde as suas virtudes até aos seus defeitos estão mortos. A vida do “eu” está morta quer dizer que as virtudes e os defeitos do “eu” estão mortos. Este é o velho homem que morreu.

O novo homem que vive na morte do velho homem é regido inteiramente pelo Espírito Santo. Vamos entender aqui: o novo homem que é segundo o Espírito de Deus vive na morte do velho homem, quer dizer, enquanto o velho homem estiver morto, viverá o novo homem. O velho homem não desaparece mas fica sem acção. Por isso, que o novo homem vive na morte do velho homem.

Por isso, importa pedirmos a Deus que nos ajude a consolidar a nossa morte para o mundo, desta forma consolidando a nossa vida para Deus. Porque o velho homem vivia para o “eu”, consequentemente para o mundo. O novo homem vive para Deus. Por isso, ninguém pode viver para Deus com as suas próprias forças. Importa que Deus esteja em nós para que possamos viver para Ele. Enquanto permanecemos pensativos, maquinadores de planos, grandes em imaginação e coisas idênticas a estas, não esperemos nós que Deus se mostre numa dessas coisas. Porque é tudo obra do “eu”. O homem espiritual vive pela intuição do espírito, que é Deus falando no seu espírito pelo Espírito Santo. Não precisa de reflexões e coisas como estas porque é orientado a fazer o certo em tudo. Porque quem melhor do que Deus para nos orientar em cada passo de nossa vida? Não chamo ninguém a irracionalidade, mas a saber ouvir o que o Espírito lhe diz. Porque o Espírito Santo está em nós de modo que Ele age em nós, então, não esperemos ouvir vozes ou coisas parecidas com estas porque Deus não está fora da gente, mas está dento da gente. De modo que parte de dentro para o exterior e não o contrario. É assim como Deus fala e nos orienta, Ele está dentro da gente e não fora.

Para sabermos e experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, implica que O deixemos viver em nós. Daí Ele viverá em nós, mas para que Ele viva em nós nos é necessário morrer para vivermos por Ele e para Ele, não vivemos mais por nós mesmos e nem para nós visto que estamos mortos, mas vivemos por e para aquele que nos chamou para a vida, como disse o Apostolo Paulo: não vivo mais eu em mim, mas Cristo vive em mim. Isto não é nenhuma utopia, mas é um facto, um facto totalmente real e verdadeiramente possível, desde que morramos para vivermos. Se alguém se julga espiritual observe em si mesmo se é espiritual para Deus. Porque o problema não é ser espiritual, visto que todo homem tem espírito, mas importa que não tenhamos espiritualidade de homens, mas tenhamos a espiritualidade de Deus em nós. Quem tem a espiritualidade de Deus em si vê-se pelos seus frutos. Apresenta virtudes, e dessas virtudes nasce o fruto do Espírito Deus em cada um.

Importa pois irmãos que nos assumamos como mortos com Cristo Jesus e vivos também por Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador. Para que todas as ferramentas que Deus nos dá para estarmos completos no Seu conhecimento sejam por nós usadas e conhecidas, então, aquele que tem o Espírito de Deus desenvolve em si a virtudes do Espírito, que resultam no fruto do Espírito. O apóstolo Pedro na sua segunda epistola universal descreve muito bem essas virtudes, pois que Deus tudo nos Deus para que possamos em verdade lhe agradar:
Visto que com o seu divino poder nos deu o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua gloria e virtude, pelas quais nos tem dado grandíssimas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência há no mundo, e vós também, pondo nisto mesmo toda a diligencia, à vossa fé a virtude; e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência; e à paciência, a piedade; e à piedade, o amor fraternal; e ao amor fraternal, a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo.” (2 Pedro. 1: 3-8).

Ricamente Deus nos guarde para que pelo Seu poder possamos perseverar até ao fim para alcançarmos dEle o louvor. Remi o tempo porque os dias são difíceis, vigiai e orai constantemente para não cairdes em tentação.

Deus abençoe.



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