Evangelho de João, capítulo 8, dos versículos 1 a 11, coloca nos em cheque um assunto tremendo. Os escribas e fariseus trouxeram uma mulher apanhada no próprio acto do adultério. Muito bem, segundo a Palavra de Deus, julguemos todos os assuntos segundo a recta justiça. Porém, a recta justiça não faz acepção de pecado, pecado é pecado, apesar de haver pecado que é para morte e a que não é.
A Palavra do Senhor nos ensina a julgar segundo a recta justiça e não a condenar, mas, muitas vezes, julgamos segundo a nossa justiça, isto é, como entendemos ser a recta justiça, e não como ela é. Grande pecado cometeu esta mulher, digno de apedrejamento segundo a lei, mas, a graça julga também um elemento aqui, você que executa a sentença, como estão as suas vestes?
O julgamento que o Senhor nos dá a fazer entre nós aqui neste tabernáculo, isto é, na terra não é de condenação entre irmãos, mas para restauração daquele que caiu no pecado. Para ajudar a essa pessoa a perceber a gravidade do seu pecado, ajudar no caminho do arrependimento e mostrar o amor de Deus para com ele. Se essa pessoa recusar arrepender-se, reconhecer o seu pecado, então dessa pessoa nos afastamos.
Não estou aqui querendo colocar em cheque a disciplina eclesiástica. Apenas referir que esta disciplina, claro por causa do zelo, muitas vezes condena e disciplina pessoas arrependidas e corações quebrantados, muitas vezes deixando os mentirosos, hereges, preguiçosos, corruptos e falsários impunes. Sendo que, David no salmo 51, no versículo 17, afirma que um coração quebrantado e contrito, Deus não desprezará. Mas este é assunto para outro forum.
Como referia, o julgar que Deus nos dá, é para a edificação e não para a condenação. É um julgar baseado no amor e não no ódio, vingança ou coisas semelhantes. Por isso, o Senhor Jesus Cristo, afirmou que se existe alguém que está sem pecado, que seja essa pessoa a atirar a primeira pedra. Como conheciam-se a si mesmos, começaram a recuar e ninguém ousou atirar pedra alguma contra aquela mulher.
Isto, mostra a grande faceta do Senhor Jesus Cristo, veio nos mostrar que somos pecadores e que precisamos de perdão e redenção. Veio nos mostrar também, que os nossos pecados não são melhores que os de nosso irmão. Veio nos mostrar que todo o tipo de pecado gera condenação. Veio nos mostrar o julgamento segundo o amor de Deus.
Então, o Senhor Jesus Cristo questiona a aquela mulher: aonde estão os teus acusadores, ninguém te condenou? Responde a mulher: ninguém, Senhor. Ela chamou o Senhor de Senhor, reconhecendo que o Senhor Jesus Cristo tem o poder para perdoar os pecados e é realmente Senhor. O mais surpreendente é a resposta que o Senhor Jesus Cristo dá, diz: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais (versículo 11).
Tamanho pecado, tamanho perdão, perdoados foram os pecados, mas um alerta foi lançado: Vai-te e não peques mais. Após receber a iluminação e o perdão do senhor Jesus Cristo, é instigada a não mais pecar. Depois de sermos perdoados, os nossos pecados, tomemos cuidado para não voltarmos a cair nos mesmos. Pois, caindo nos mesmos, não nos restará sacrifício por eles, por que temos noção e consciência daquele pecado, que já o Senhor o perdoou.
E, voltando a cair nele, é como diz o apostolo Pedro; o cão comeu o seu vomito e o porco lavado voltou e mergulhou na lama. Isso é desprezar o trabalho do Filho de Deus, e, com certeza não será agradável para o SENHOR, e horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo, e grande condenação está para aquele que pisa o Filho de Deus. Por isso, convido a todos nós a abandonarmos o pecado enquanto é tempo, enquanto podemos ser aceites pelo Senhor Jesus Cristo, enquanto o nosso Advogado, Justo, Jesus Cristo ainda aceita defender nossa causa perante o Deus vivo.
Deus abençoe.
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